Alisamento Químico

Alisamento Químico



 Já parou pra pensar no que acontece quando fazemos um alisamento? Alisamento químico mesmo, desses que mesmo quando lava não volta a enrolar. Se você nunca pensou, pense agora: Como é possível que um produto mude a estrutura do cabelo? E por que quando o cabelo cresce, a parte crescida volta ao que era antes ao invés de permanecer lisa? A resposta para todas essas perguntas é Química. E as nossas famosas interações intermoleculares, citadas lá no texto do xampu, lembra? Parece que tudo que ocorre no cabelo está ligado a esse nomezinho que parece complicado a primeira vista.



 O cabelo como já sabemos é composto de proteínas, basicamente de queratina. A queratina tem essa estrutura aqui que já vimos anteriormente. Mas para ficar mais simples de visualizar, olhe novamente abaixo: 
Representação esquemática da dois filamentos de queratina
 No alisamento químico, temos a mudança da estrutura do cabelo de alfa-hélice para beta- pregueada. Então saímos do cacheado para o liso.


 Para que ocorra essa mudança na estrutura, as ligações de dissulfeto ou as interações eletrostáticas são rompidas. Nunca as duas de uma única vez ou o cabelo pode simplesmente cair. É o que os cabeleireiros chamam e corte químico. Produtos como tioglicolato ou mesmo o formol agem quebrando as ligações enxofre-enxofre e depois essas ligações são restabelecidas de forma diferente. Com isso o formato espiralado sai e entra o formato liso. As ilustrações abaixo mostram o que acontece quando o tioglicolato é usado no alisamento.
Representação das ligações químicas enxofre-enxofre.
 Observe como as ligações de enxofre estão posicionadas. Essa torsão resulta no enrolamento. Depois de adicionarmos o agente alisante, temos uma redução do grupo S-S e uma formação de da ligação S-H. Veja na figura abaixo:
Representação da molécula de queratina após a quebra das ligações enxofre-enxofre e formação das ligações enxofre- oxigênio
 E após essa redução, temos as ligações de enxofre restauradas porém em uma nova conformação. Repare que a ligação em diagonal agora está ligada em 180 graus. Ao invés de uma hélice teremos uma estrutura mais linear:
Representação das ligações enxofre-enxofre restauradas porém em novo âmgulo

  No caso uso de formol, o alisamento se dá de maneira um pouco diferente. As ligações S-S também são quebradas, porém quando ocorre o restabelecimento de das ligações de enxofre um grupo diferente é inserido no meio. Observe o esquema abaixo:
Representação através de reações químicas do processo de alisamento com formol

  Como podemos ver acima, o que ocorre no salão e você não vê é simples. As ligações S-S são reduzidas com o uso de um primeiro produto. Depois temos a formação de ligações -SH que ao reagirem com o formol da progressiva, por exemplo, forma uma ligação -S-C, chamada de ponte metilênica.

É muito importante lembrar que a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, proibiu desde 2009 o formol como agente alisante. Este produto é um conservante e deve ser usado como tal. Ao utiliza-lo como alisante, você coloca sua saúde em risco. Não vale o sacrifício em nome da beleza né?

  Fantástico como em tudo a Química está presente, não é mesmo? O seu alisamento não é simplesmente um passe de magica, como podemos ver acima, tem muita Química envolvida.

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